Como se o mundo só a eles pertencesse
Três da tarde. Eles lá estavam, naquela esplanada de fim de almoço.
Vejo-os de lomge. Devem falar do tempo. Até adivinho o que dizem.
- "Este tempo faz-nos tão bem."
- "É verdade, parece que nos liberta e nos faz apaixonar..."
As cores alegres e o movimento extasiante da Baixa abafava os seus murmúrios e as suas vestes suaves de Verão.
Ele tira do saco uma caixinha. Ela sorri. Pegam no copo com que brindaram e beberam.
O movimento passa pelas estradas enquanto eles continuam, serenos, como se o mundo só a eles pertencesse.
Eu pareço compor uma canção - conheço-lhes os próximos passos. Também já os fui, em sonhos.
Sonhando, eles voaram alto. Meu desejo puro ensaiaram.
Ali era a sua casa - felizes.
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