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segunda-feira, maio 19, 2008

Vésperas de Chuva

Hoje estou num aqueles dias em que não tenho futuro.


O poço está vazio, não lhe vejo o fundo.
Muita água rolou. Deslavou.
Praia sabia bem, mas com vento, Sim…
A guitarra toca, piano-saxofónico da desilusão
E a canção canta, canta fogo
Vela redonda, ardente nuvem e
Gira, gira, gira…
Caminho de arredores: fantasmas em
Forma de gente. Cheio,
Meio-cheio, quiçá vazio já.
Esqueci? Apenas tentei…


"Love, love
Ain't this enough?
You push yourself down
You try to take confort in words
But words, well, they cannot love
Don't waste them like that
'Cause they'll hurt you more."



Conforto à distância. Sem razão?
Dança que abala a dança descansa
Acesa? Sem razão, mais desilusão.
Carpe Diem sem futuro
Fruto colhido do escuro
Entre o que não é encontrado.
Eu não sou Senhora do Tempo,
Mas já sei que vai chover...


Hoje estou num daqueles dias em que não tenho futuro.



"Não vai passar nunca, pois não?"
"Não sei..."



Sinceridade aguda: a morte enunciada de mais um artista sem arte, sem conforto, nem futuro...