Quando Esperança é Escrever Poesia
Escrever poesia é criar mundos paralelos
É olhar o rosto de outras dimensões
Procurar construir areia em castelos
Sentir e espelhar desilusões.
É dormir sem alçada
Caminhar sem destino
É comer pão e beber vinho
Ver descalça e esperançada
Correr, correr num desatino.
É querer descansar, falsa esperança
É cansar sem dormir, obscura lembrança.
É querer levantar a cabeça quando ela quer cair
É suportar cá dentro o que não nos pode fugir.
Esperança que nos engana, nos ilude
Dor que móie, mas não acude.
É tentar morrer na luz ténue
Ofuscar sentimentos que nascem em fontes
Áureas, puras, sufocantes, sem pontes.
Escrever poesia é dar a descobrir
Flores em jardins de palha
É fazer gritos ouvir
Quando a esperança falha.
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