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quinta-feira, agosto 02, 2007

Se esta vida se apagasse

Se esta vida se apagasse
Assim como um artista modifica
Um esboço da sua bela e triste pintura?
Se os nosso erros não fossem mais
Do que um momento triste de um romance épico?


Ainda hoje pago por um erro que cometi.
Um erro insignificante, pensava eu.
Agora, sei que foi um erro que saiu caro.
A desconfiança é um dos mais dolorosos
Sentimentos. Principalmente, quando recai sobre
A nossa pele.
Qualquer “coisa” que qualquer um podia
Ter feito, transformou-se numa bola de neve.
Gigantesca. Que ainda rebola montanha abaixo.
Embora o primeiro impacto tenha sido suplantado.
Ficou a mágoa, a desconfiança.
Luto, desde então, para ultrapassar os danos
Colaterais de um erro tão comum. Um
Erro tão insignificante como a erupção
De um vulcão.
Em vão.
Mais uma vez. Em vão. Continuo. Em vão…
Recai então sobre a minha pele, como
Fogo, essa interminável desconfiança.
E queima-me como floresta.

É com os nossos erros que devemos aprender.
Eu aprendi, mas parece-me não ter
Hipótese para o evidenciar.
Não dou, não mais dei algum motivo
Para tamanha desconfiança. No entanto,
Ela cá está, tal como o pensamento
Na tua mente. A qualquer passo…
Foi ontem, há quinhentas semanas,
Há um mês. E hoje novamente.

Magoa-me, a desconfiança. É dolorosa.
Ou a falta de confiança. É aflitiva.
Não quero mais. Estou cansada.
Não mereço. Por favor, PÁRA!