Céu Azul
"Hoje o céu está mais azul, eu sinto.
Fecho os olhos, mesmo assim, eu sinto..."
Quem és tu, moribundo de rua?
De que fecundos seres provens?
Porque vagueias sem saberes onde páras?
Louco, sim.
Alguém que ninguém compreende.
Fechas os olhos e continuas o teu caminho.
Por aquela rua de azul céu
Que tão bem já conheces.
Vagabundo, pois.
Naquela rua macadamizada que
Sentes de olhos fechados.
Gritas para um povo que não te
Ouve: por seres errante.
Gritas, a plenos pulmões, aquilo
Que sem existir te bastou.
Ficas paralisado ao ver o céu acinzentar.
Naquele teu canto de sempre, onde
Hoje as luzes brilham nesse teu quintal.
Quintal onde cresces e te sentes contente,
Olhar ataráxico, por teres cumprido teu objectivo.
Dormes, moribundo de rua,
Sem saberes quais teus passos,
Qual tua fé.
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