Há certas coisas que não se conseguem explicar e, para mim, é bom que isso aconteça – ter certezas de tudo deixa-nos seres autómatos e sem curiosidade, o que nos estagna.
O que interessa nesses acontecimentos inexplicáveis é o que eles nos fazem sentir. A cada um de sua maneira, em particular. Porque são iguais à arte: a arte fala a todos, mas de forma íntima e particular, fazendo com que cada um ouça apenas o que dela quer ouvir. E sentir. Por isso, a arte é tudo aquilo nos fala pertinho e nos faz sentir, vibrar; tudo. Seja pedra, toque ou tinta; vermelho, azul ou incolor.
Tu foste a arte que me falou e que me continua a falar, pertinho, bem de perto. E sussurras-me que, agora, és TU a arte que eu quero ouvir. Que eu sinto e me faz vibrar.