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quinta-feira, março 27, 2008

Pequeno Bazar de Imagens em Movimento

Toca o sino
O barulho das máquinas
A tagarelice dos que passam
O fresco do anoitecer na minha cara batido
A melancolia do ar que rodeia
A cor da cidade ao lusco-fusco
O olhar trocado entre este e aquele
O pequeno sentimento de conforto aliado à paz interior
A imagem da ponte ao longe iluminada
Aquele jardim, de novo, ali na aura minha abençoada
O choro de alívio, gota de água tão cristal
O riso tímido acompanhado da suposta conversa monologa
A vontade que abrasa e diverge do querer
A inspiração momentânea, a fuga e a volta
O lugar-comum de todos nós
Aqui nesta casa depois do café.

segunda-feira, março 10, 2008

Divórcio

É novamente o divórcio.
Passeaste-te pelas escadarias escondidas da luz
E preferiste saudar o casamento dos outros.
Fugiste dos teus passos, instintivamente.
Deixaste os pensamentos para trás, presos por um fio, acolá, ao pé do esconderijo. Longe dos outros sentidos.
Hoje foi dia, mas amanheceu tarde.
E o zumbido fez acordar a revolta.
E tu fugiste - novamente o divórcio.
Das tuas mágoas, dos teus fascínios.
Agachaste-te naquelas escadas, eu vi-te.
Porque choravas tu quendo ela te amanheceu?
Destroça o que criaste, porque já é cedo demais.
Contou-me que rolaste e abandonaste os lençóis, que anegraram instantaneamente.
E aí a deixaste casada, nao contigo que já te divorciaste, mas com a culpa (que não foi só dela).
A luz daquelas escadas onde refugiaste a escuridão em ti, é a luz que perdeste no amanhecer lento e tardio, que zumbio e rasgou os lençóis - divorciaste-te de despeito e despiste o casamento.

sábado, março 01, 2008

"C'è la neve nei miei ricordi.
C'è sempre la neve.
E mi diventa bianco il cervello se non smetto di ricordare.
Tanto qui sotto, nulla è peccato."
(Manuale d'Amore 2)

Anzi, non so ancora cosa ti devo dire. (...) Forse è per questo che oggi sono così, forse è per questo che oggi voglio tanto dirtelo, così: io sto bene, felice!
Sono in pace con me e mi allegro da tutto.
Non ho mai paura di caminare sul quella strata oppure su quel parco dove abbiamo rimasto, dove siamo stati insieme. Loro sono appena ricordi miei, i miei belli ricordi: i ricordi che mi fanno ridere, che mi portano questa pace ch'io sento. Quelli ricordi che, fuori e dentro me, non sarano mai peccati. Sono miei. Solo miei. Belli miei.