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sexta-feira, setembro 28, 2007

Atonement

O novo filme de Joe Wright estreou, no início do mês, em Londres.
"Atonement", o seu nome, é um romance passado nos anos 40;mais precisamente,na altura da segunda guerra mundial. Envolve duas personagens principais, Cecilia e Robbie (interpretados por Keira Knightley e James McAvoy respectivamente) que vêm as suas vidas inocentemente alteradas devido a uma mentira de uma criança;para além disso, está claramente presente nesta adaptação do romance homónimo de Ian McEwan um retratado da alta sociedade inglesa.
De tudo aquilo que já li sobre o filme ou o seu enredo,bem como pela recepção que este teve no Festival de Veneza há apenas umas semanas,e, a julgar ainda pelo recente rumor de nomeações para os próximos Oscars declaro vivamente(!) que estou mais que ansiosa pela sua estreia em Portugal... E espero,aliás EXIJO, que lá para Janeiro já o possa ver numa sala lisboeta!

Enquanto a minha delicada vontade não é,de facto, respeitada contento-me com os traillers,aqui fica um deles:

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segunda-feira, setembro 24, 2007

Não vale a pena descrever-vos
o que vejo.
Não o sentirão da mesma forma.
Não como eu.
As perspectivas que temos
são tão diferentes quanto
os dias que vivemos.
Nem todos são iguais.
O projéctil de um copo
pode ser de vidro, cristal, carbono.
Por isso, de que adiantará
escrever sobre o que vejo?

Muito. Para mim.
Mesmo que o não descreva.

Nada. É isso.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Quem nos faz como somos

Há dias, li uma entrevista com um psiquiatra, de seu nome José Luís Pio Abreu, que me deixou a reflectir seriamente, sabendo sem saber que reflectia. Esta entrevista era sobre o seu novo livro, intitulado de "Quem nos faz como somos".
Nela, ele salieuntou alguns dos aspectos sobre os quais fala o livro. Entre eles, destaca-se a busca constante que o espécime humano faz pela identidade. Seja ela individual, ou social.
Afinal, o que é a nossa identidade?
Temos a identidade irrevogável, a genética, a qual não escolhemos e a qual dá continuidade à nossa identidade social, assim como o nosso nome (que pudemos sempre modificar, ao contrário da primeira.). Mas também temos a nossa identidade construtiva, aquela que vamos, tanto individual como socialmente, construindo. A nossa identidade é só nossa; ela fica para além do eu - é por ela que seremos relembrados.
Mas somos mesmo nós que construímos, sozinhos, a nossa identidade?
Ouvimos um género de música e vestimo-nos de negro - somos rotulados como pretencentes a um determinado grupo. Temos um ídolo de TV, o qual acompanhamos e até seguimos algumas das suas tendências. "Tenho de ser simpática com este, pois ele é um cliente importante."
Nós fazemo-nos dos outros. É aos olhos deles que somos aceites. É para os olhos deles que fazemos a manutenção da nossa identidade. O "eu" precisa do "nós", que precisa da cultura. Pois a minha cultura é parte da minha identidade.
Eu, por exemplo, mudei de clube de futebol, novinha, porque queria contrariar o meu pai - não queria ser como ele. Quis identificar-me à parte dele. Foi através dele que construí a minha nova identidade como pertencente a uma nova cultura. Porque não é só dos outros que ela vive, a identidade.
Mas, a cultura precisa dos genes, é só com a sua evolução que ela tem continuidade. Como uma árvore genealógica.

Agora, eu pergunto, de novo:
Afinal,
Quem somos nós?
O que é a nossa identidade?
Quem nos faz como somos?

quarta-feira, setembro 12, 2007

There's music still...

Última semana de ferias....Últimos dias de descanço e sem quaisquer preocupações.Na verdade,uma grande treta.Surge logo a pressão de que um novo e ultimo ano,mas não por isso menos importante, vai recomeçar e com ele todos os pensamentos que inundam a cabeça de qualquer estudante minimamente responsável ("Tenho que ter melhores notas este ano;proximo ano é faculdade,patati,patata...").
Honestamente,não estou minimanente entusiasmada com o início do ano;para além dos meus colegas (e alguns amigos) de turma,poucos amigos vou ter por lá.E,acreditem, os amigos vão ter um papel bastante importante este ano para desanuviar os tempos mortos e deprimentes que este ano vão ser muitos.
O cenário não está muito animador e apesar de ter andado muito optimista nos ultimos tempos,hoje estou um bocado chateada...Não me sinto muito motivada para aturar umas quantas megeras este ano,nem para trabalhar tanto como gostava!

[SECA]

Felizmente existe música...

Esta consola-me por hoje!

segunda-feira, setembro 03, 2007

Estou farta de clichés. Farta de palavras lançadas ao vento, soltas sem qualquer motivo, só para atingir em cheio os sentimentos de quem as ouve.
Cansada de tentar modificar esses clichés, meras sílabas e posturas deambulantes, e sentir-me bem com o que ouço, leio e vejo, só porque até preciso. Preciso, é verdade. Pois entendo muito bem a realidade e sou perfeitamente capaz de compreender o que ocorre, quer a mim, quer aos outros. Lucidez. Acontece que o meu mundo de Alice quer sempre prevalecer. Talvez seja este o meu maior ponto fraco, o sonho, a imaginação.
E este meu mundo de Alice consome-me. Leva-me a viajar em tempo, lugares e mentes que nunca vi e nunca conhecerei, devora-me pouco a pouco, até que tem necessidade de ebulir para me voltar a devorar.
No entanto, eu não falo e deixo que este país de maravilhas me continue consumindo. Porque simplesmente não consigo deixar de acreditar que um dia possa vir a ser autêntico. Porém, aniquila-me, eu bem sei…
E, por isso, tento ao máximo não ter de usar clichés.