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quinta-feira, outubro 25, 2007

Rosa. Vermelho. Aqui.



Porque ninguém rega uma
Rosa quando ela só nos pica.
Gente por entre os vazios
Espaços que vou ouvindo. Ruído.
Silêncio. Solidão. Vaguear.
A memória permanece intocável.
Não me lembro...
A porta do quarto, entreaberta,
Deixa transparecer os lençóis brancos,
As pétalas inodoras e o embaciado
Espelho cansado, moribundo.
Vejo-te aí, pura tatoagem negra
Gravada em pele crua. Ferida, plena.
Aqui, podes ficar. Podes sair.
Aqui, és livre de decisão.
(FICA!...)
Aqui, os pedaços de vidro evadem o
Espaço que antes me pertenceu.
É fumo de mais um emancipado cigarro
Que tiras para não fumar, atónito.
Vermelho violento que não cessa
De me recordar que não me lembro...
"Ninguém..."
Tento falar-te e não consigo.
Estás longe demais, lá. Bem perto.
Vermelho. Prteo. Vermelho. Rosa que rego.
(FICA!...)
Faz com que me lembre!
Aqui, hoje, consigo dormir...

terça-feira, outubro 23, 2007

Mademoiselle Nobs



Pink Floyd...
Uma banda boa é sempre uma banda boa,outra banda como Pink Floyd nunca vai existir.
Gerações atrás de gerações vão sentir a melancolia de não ter vivido na altura em que o Mundo assistiu pela primeira vez ao seu aparecimento e acompanhou as suas experiências.
Desta vez com Nobs, a ilustre e peculiar "cantora", ninguem resiste a sorrir depois de ver este video!

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segunda-feira, outubro 15, 2007




Cheiro a lavanda e neblina matinal. O arrulhar sistemático das rolas parece despertar-me. Ao longe, as discernidas colinas de uma montanha.
Adoro estas manhãs. As manhãs acidentadas do início de Outono. Apaziguam.
Lembro-me de ontem, de quando falámos. Gosto tanto de ver como crescemos, principalmente tu. Eu não consigo ver-me...
Recordo-me ainda dos nossos fatos-de-banho nos primeiros de praia; da nossa vontade de subir a escadaria até ao quarto andar, juntas; das nossas paranóias compartilhadas; recentemente, das bandas CSI (Cansei de Ser Idiota) ou as Tuti-Frutti!
Desiludiste-me bastante. Calculo, ou melhor, tenho certeza de que também já te desiludi. Contudo, sobrevivemos a tais vicissitudes e sinto-me tão grata por isso.
Ontem, mais uma vez, mostraste-me como cresceste. Surpreendeste-me. Falaste, soubeste falar e ouviste, sabendo ouvir. Algo engraçado é que nos compreendemos mutuamente. Muitas vezes, bastam duas palavras ou uma simples troca de olhar.
Quando entrei no teu quarto, senti-te estranha. Triste. Muito provavelmente, assim também me sentiste tu. Aqui, começou a nossa jornada.
Como compreendi o que me disseste! És crua, fria. Não te importas com o que dizes ou fazes, pois faze-lo propositadamente. Sabes que magoas, mas continuas fiel a ti mesma. Isso é bom. Porém, mau. E sabes bem ao que me refiro, pois, quando foi a minha vez de falar, sentiste o que era estar na outra pele, na de quem carrega o que dizes ou fazes. Percebeste, no seu verdadeiro sentido, o que é magoar e sentir falta; o querer e não querer ao mesmo tempo.
Foi uma das primeiras vezes, em tantos anos, que consegui ver a tua armadura de ferro e fogo ceder.
É verdade que compreendo a tua opinião e, sabes bem que não o digo, condeno-a pois sei o que é sofre-la.
Independentemente do que ali aconteceu, permanecerá só entre nós, no nosso entendimento posicional adverso. Independentemente do que ali aconteceu, desinibiu-nos, libertou-nos e levou-nos à exaustão, num tão bom estado que, hoje, ao cheirar a lavanda e a observar as discernidas montanhas, agora, que te sei no teu quarto, me sinto outra, tal como tu. E nem precisas de mo dizer, eu sei-lo.
Obrigada pela tua confiança e pelo teu apoio. Obrigada pelas baboseiras que dizemos e que nos fazem rir e rir à grande gargalhada. Obrigada pelo tempo desperdiçado a olhar para sei lá o quê. Obrigada pelas looongas conversas sobre tudo e nada. Obrigada por estares aí. Espero que o digas da minha parte também.
ADORO-TE!